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ABIMED faz parceria com a FAPESP para estudar Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

Article-ABIMED faz parceria com a FAPESP para estudar Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

Objetivo é criar um sistema de informação para coleta de dados e avaliação de desfechos e custos dos tratamentos

abimeddcntA ABIMED- Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde iniciou um projeto de pesquisa científica em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para criar um novo sistema tecnológico para coleta e processamento de dados das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O estudo incluirá diabetes, hipertensão, câncer e obesidade – doenças cuja prevalência está aumentando no Brasil e no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as DCNTs são responsáveis por mais de 75% das mortes ocorridas no mundo, a metade na faixa entre os 30 e 70 anos. Nos países em desenvolvimento, as mortes prematuras chegam a 80% do total. Grande parte delas pode ser evitada, de acordo com a OMS, se os sistemas de saúde responderem com maior eficácia aos cuidados que esses pacientes requerem.

Para ajudar a mudar esse cenário, a pesquisa quer obter informações que permitam avaliar os resultados das ações de saúde e os custos da assistência médica fornecida a essas doenças ao longo do tempo. O sistema deverá ser capaz de fazer uma análise qualitativa e quantitativa dos recursos utilizados, como exames, internações, materiais, medicamentos e consultas; das relações entre as intervenções realizadas e os resultados obtidos, além de uma comparação de desempenho entre diferentes intervenções para uma mesma doença. A base de dados para coleta e análise serão o DATASUS e o Sistema Suplementar de Saúde (ANS).

“Esses bancos de dados são enormes e valiosos, mas só extraímos deles informações pontuais. Sabemos, por exemplo, que um paciente se internou para realizar uma determinada cirurgia, quanto tempo ficou internado, se teve alta e se sobreviveu ou não. Mas não conhecemos o que aconteceu com ele antes e depois da cirurgia, que procedimentos foram adotados, se foram eficazes e quanto custaram”, explica Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.

“Essas informações são muito importantes para que possamos traçar um perfil epidemiológico mais acurado dessas doenças e também para orientar os gestores de saúde em suas decisões de políticas públicas”, completa.

Na primeira etapa da pesquisa, já iniciada, foi aberto um concurso público dirigido a pesquisadores que tenham vínculo com instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo. Eles terão prazo até 15 de setembro de 2016 para apresentar seus projetos de criação de um novo sistema de informação para estudo das DCNT. A publicação dos resultados da seleção ocorrerá em 15 de março de 2017. 

O estudo terá dois anos de duração e contará com recursos destinados em partes iguais pela ABIMED e pela FAPESP.  Para a ABIMED, que representa mais de 190 empresas de equipamentos e produtos médico-hospitalares, o projeto sobre DCNT é uma iniciativa de Responsabilidade Social Corporativa.

Além do desenvolvimento da pesquisa, os ganhadores terão que implementar o sistema em escala piloto e apresentar uma instituição para multiplicar os resultados alcançados e fazer a manutenção e gestão do sistema após a conclusão da pesquisa.

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