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Relação financeira entre planos de saúde e hospitais deve ser repensada

Article-Relação financeira entre planos de saúde e hospitais deve ser repensada

Em termos financeiros, o relacionamento entre os planos de saúde e as redes de hospitais vem sendo tema de análise e debate desde 2010 quando a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar criou dois grupos de trabalho: o primeiro sobre Remuneração de Hospitais e o segundo sobre Honorários Médicos.

3.Remunerao Com os grupos formados por representantes de entidades hospitalares, médicas e operadoras de saúde, o assunto vem sendo trabalhado a fim de que sejam aplicadas melhores práticas de pagamento beneficiando todos os envolvidos, do paciente ao médico responsável pelo procedimento.

Cadri Massuda, presidente da Abramge-PR/SC – Associação Brasileira de Planos de Saúde, regional Paraná e Santa Catarina, comenta este conflito de interesses que permeia o segmento: “ao emitir uma autorização de internamento é como se a operadora de saúde entregasse um cheque em branco ao hospital. Ao hospital interessa que a conta seja mais alta e à operadora que seja menor”, declara.

A fim de equilibrar essa relação trazendo, sempre, o melhor serviço a um custo adequado, é fundamental garantir que a parceria entre planos de saúde, hospitais e segurados continue saudável. “Para isso precisamos repensar a forma de remuneração dos serviços médicos hospitalares. Atualmente, o pagamento é realizado por serviços prestados diante do evento ocorrido. Assim, são utilizadas tabelas que são pré-acordadas entre as operadoras, hospitais, laboratórios e médicos. Nessa forma de pagamento, privilegia-se a complexidade da doença e a operadora não consegue mensurar o quanto vai gastar com o paciente internado”, explica Massuda.

Segundo ele, o caminho é estabelecer uma nova forma de cobrança dos procedimentos. Para isso, a Abramge vem trabalhando em um levantamento de custo médio dos procedimentos mais comuns com a ideia de criar uma tabela de valores para que os hospitais e clínicas saibam, de antemão, o valor que será pago, estabelecendo pacotes por procedimentos. Quanto aos honorários médicos, a proposta é renovar o formato efetuando o pagamento não mais por serviços prestados, mas sim por resultado.

Ao modificar o atual cenário, transformando a forma de remuneração dos serviços médicos hospitalares, é possível visualizar melhorias gerais no sistema, inclusive para os beneficiários dos planos de saúde. “Entre os possíveis benefícios estão o menor valor da mensalidade do plano, acesso mais facilitado aos serviços de acordo com a sua necessidade e um menor número de intervenções (exames e tratamentos) evitáveis”, finaliza Massuda.

Promover o debate e integrar todos os players a fim de encontrar as melhores alternativas é sempre vantajoso para o sistema como um todo. Além da feira, a Hospitalar também oferece conteúdo inovador e relevante em sua agenda anual. O CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde, promove a conversa entre empresas, instituições e especialistas enquanto o Fórum Digital Healthcare envolve a exposição de cases, o debate temático e a contextualização das Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (eHealth).

Temas como a remuneração dos serviços, novas propostas para a sustentabilidade do sistema, interdependência entre público e privado também integram o rol de assuntos amplamente abordados durante o evento.

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