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Câncer de cabeça e pescoço é segundo mais frequente em homens no Brasil

Article-Câncer de cabeça e pescoço é segundo mais frequente em homens no Brasil

Principais fatores de risco são o tabaco, o álcool e, na população mais jovem, o HPV

cancercabecapescoco70% dos brasileiros são diagnosticados em estágio avançado da doençaPouca gente sabe, mas o câncer de cabeça e pescoço é o segundo tipo da doença com maior frequência nos homens no Brasil com idade entre 40 e 69 anos, com 17,5 mil casos por ano, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2016 – só perde para o de próstata, com 61,2 mil. As principais causas para o aparecimento dos carcinomas é a combinação do cigarro com álcool e, nos últimos anos, ao papiloma vírus humano (HPV). Para conscientizar a população sobre este problema de saúde foi criado no dia 27 de julho, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, a Campanha Julho Verde.

De acordo com o oncologista clínico do Centro de Tratamento de Câncer (CTCAN), Álvaro Machado, o câncer na cabeça e pescoço afeta diversas funções vitais, como a visão e a fala, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes não só pelo diagnóstico que, em geral, é tardio, mas por sequelas que o tratamento pode causar. A doença pode atingir a língua, gengiva, bochecha, palato, assoalho da boca, a garganta (amígdalas, faringe, hipofaringe, laringe), a cavidade nasal e os seios da face. "Os principais sintomas estão em feridas na boca que não cicatrizam há semanas, dor ou dificuldade em deglutir, dificuldade para mastigar, rouquidão, mau hálito persistente, nódulos no pescoço, ínguas aumentadas, emagrecimento e dor".

A maior incidência em homens, não exclui a manifestação da doença em mulheres. No caso delas, o câncer se manifesta principalmente na glândula tireoide.

 “O cigarro e ingestão de bebidas alcoólicas são fatores de risco que multiplicam em até 20 vezes as chances de desenvolvimento da doença nessa região. Além disso, a infecção HPV tem aumentado nas últimas décadas principalmente na garganta (orofaringe) e está associada ao contato sexual”, alerta a chefe do serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Jossi Ledo Kanda, os dados são alarmantes.

 “Se um nódulo aparece no pescoço, não some em até 2-3 semanas, endurece e cresce rápido, há chances de ser um câncer na região. A rapidez no diagnóstico garantirá maior chance de cura desse paciente”, comenta a médica.

Conscientização

Para Machado, é preciso conscientizar a população para este tipo de câncer que tende a crescer em incidência na faixa etária mais jovem, devido ao HPV, já que no Brasil, 70% dos pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço já estão em um estágio avançado da doença. “É necessário alertar as pessoas com fatores de risco, como tabaco, próteses mal ajustadas, dentes mal cuidados, abuso do álcool e outros. Feridas que não cicatrizam em duas semanas, dificuldade em mastigar ou dor ao engolir, rouquidão ou nódulos no pescoço, devem ser avaliados pelo seu médico ou dentista”. Outra mensagem deixada pelo oncologista é a importância do sexo protegido e da vacinação contra no HPV, tanto de meninas quanto de meninos antes dos 14 anos de idade.

Tratamento

Fatores como a localização do tumor no organismo, o estágio da doença, a idade da pessoa e o quadro geral de saúde contribuem para a escolha da conduta de tratamento mais adequada e personalizada a cada paciente. As terapêuticas podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo ou uma combinação de tratamentos.

De acordo com o oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas, Andrey Soares,  o objetivo do tratamento para o câncer de cabeça e pescoço é a cura, que pode ser alcançada em uma grande parte dos pacientes, dependendo do tamanho, localização, características do tumor e condições do paciente. “Quando a cura não é possível, buscamos controlar a doença e, sobretudo, preservar a função das áreas afetadas”, explica Soares. Para isso a atuação do oncologista clínico integrada à equipe multiprofissional – como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, dentistas, cirurgião, radioterapeuta entre outros, é fundamental no processo de reabilitação do paciente. 

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