28 de julho: DiaMundial de Luta Contraas Hepatites Virais
A maioria das pessoas já ouviu falar sobre hepatite ao menos uma vez na vida. A doença, que pode ser transmitida de diversas formas, costuma ser silenciosa e pode levar anos até ser diagnosticada. No Brasil, estima-se que haja cerca de 170 milhões de pessoas com hepatite C. Segundo Dra. Lígia Pierrotti, especialista em infectologia que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, a vacina é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra a hepatite B e hepatite D.
“Há muito tempo o Brasil vivencia uma epidemia de hepatite. A maioria das pessoas não se vacina e acaba só descobrindo a doença quando faz o exame anti-HBsAg, seja porque o médico percebeu os sintomas da doença ou porque está fazendo um check-up rotineiro”, explica a especialista.
Transmissão
As hepatites mais frequentes são as causadas pelos vírus tipo A, B e C. Muitos também acabam contraindo a doença devido ao abuso do consumo de álcool. Segundo a infectologista, a hepatite A é contraída por infecção fecal-oral, principalmente decorrente de alimentos mal lavados e água contaminada. Este tipo de hepatite costuma ser um pouco mais leve nas crianças e mais grave nos adultos, podendo até levar a óbito. O quadro típico apresenta náusea e vômito, mal-estar, febre, perda de apetite, fezes mais claras e um amarelão no corpo e nos olhos.
Já a hepatite B é transmissível por vírus pelo sangue ou sexualmente. No Brasil, alguns estudos estimam que 15% da população já foi contaminada pela doença. A hepatite C é transmitida principalmente por meio do contato com sangue contaminado (hemotransfusões, seringas contaminadas em usuários de drogas, material cirúrgico não estéril). Outras formas de contágio, tais como sexual e vertical (mãe para o filho durante gestação/parto) ainda não foram comprovadas, entretanto, não podem ser totalmente descartadas.
Prevenção
Para quem quer ficar longe da hepatite, a vacinação ainda é a melhor saída. Existem três opções de vacina. A primeira é apenas para a hepatite A, com duas doses, intercaladas num período de seis meses a um ano. Com a segunda dose, a pessoa adquire a imunidade definitiva.
A segunda opção é a vacina somente para a Hepatite B. São aplicadas três doses, com intervalo de um mês e seis meses. Para as crianças, esta vacina faz parte do calendário do governo. A terceira opção é a vacina que contempla a hepatite A e B conjuntamente. São recomendadas três doses, no mesmo intervalo da vacina contra hepatite B. As vacinas são intramusculares e podem ser aplicadas no braço, nádegas ou coxa.