Em uma arena lotada, durante o terceiro dia da feira hospitalar, a Dra. Sandra Schewinsky, psicóloga do Instituto de Medicina Física de Reabilitação do HCFMUSP e Neuropsicóloga do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio Libanês, falou sobre o uso de tecnologia no tratamento de reabilitação de pacientes e abordou pesquisas que têm sido feitas sobre o assunto. Com uma gama de aplicativos, softwares e modernidades tecnológicas ela defendeu o uso dessas ferramentas no tratamento tradicional, sem se esquecer do contato direto e pessoal com o paciente.
“Vamos considerar o cenário da pandemia, em que muitos pacientes em tratamentos contínuos não conseguiram mais dar continuidade a um trabalho de longa data. Foi preciso repensar as estratégias para assegurar a terapia, mesmo que em casa. Aplicativos que por meio de repetição encorajam a neuroplasticidade do paciente, por exemplo, foram imprescindíveis para conseguirmos continuar atendendo”, contou a Dra. Sandra.
Além da pandemia do coronavírus, Sandra citou outro obstáculo para o trabalho feito por ela e sua equipe com os pacientes da reabilitação: "Encontramos algumas dificuldades com a falta de recursos dos pacientes. Nem todo mundo tem acesso a essas tecnologias; então precisamos ter parcimônia nesses pedidos”, lamentou.
"Mudar tudo para o remoto não é uma solução possível. Para conseguirmos unir os benefícios do presencial e do online, buscamos a terapia no modelo híbrido, que amplia o leque de opções para nossos pacientes no que diz respeito à neuroplasticidade positiva”, finalizou.
A Arena de Reabilitação segue sua programação no quarto dia de feira com diversos conteúdos: palestras sobre Estimulação Elétrica Funcional – Uma abordagem domiciliar, com Simone Oshiro, pesquisadora na área de Bioengenharia na Rede de Reabilitação Lucy Montoro; e sobre Ciclo ergômetro e FES Projeto para todo o Brasil, com o palestrante Daniel Tamashiro, Engenheiro eletricista especializado em engenharia biomédica pela UNICAMP.
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