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O sistema de saúde na pandemia é tema de debate promovido pela FGVSaúde

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A dimensão extraordinária da atual crise sanitária promoveu ações também excepcionais.

Os sistemas de saúde tiveram que se organizar rapidamente para enfrentar uma patologia desconhecida, provocada por um vírus que infectou cerca de 30 milhões de pessoas, até 10 de setembro, segundo cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa nova realidade foi debatida no webinar Qualidade e Segurança do Paciente na Pandemia, que faz parte do QualiHosp, evento promovido pelo FGVSaúde – Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV EAESP.

Sob a moderação de Ana Maria Malik, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), três convidados compartilharam suas experiências, aprendizados e visões: Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, diretora clínica e coordenadora do Comitê de Crise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, médico, professor da Universidade do Ceará e secretário da saúde do estado do Ceará; e Alline Cezarani, diretora dos hospitais da Associação Congregação Santa Catarina.

 “Essa foi a maior guerra pela vida que o Hospital das Clínicas viveu nos seus 76 anos”, afirmou Eloísa. Em 28 de janeiro de 2020, a instituição de saúde ativou o plano de desastre para a COVID-19, quando foram desenhados protocolos que previram novos fluxos e treinamentos. O complexo do Hospital das Clínicas possui 2.400 leitos distribuídos por sete institutos. A primeira ação, de acordo com a médica, foi isolar o maior prédio, que tem 900 leitos, exclusivamente para paciente com COVID-19. “Fizemos isso em tempo recorde, transferindo pacientes, separando equipes de trabalho e recrutando pessoal”, contou.

Sobrinho fez um breve retrato da saúde do Ceará, que conta com mais de 8 milhões de habitantes. A saúde representa 7% do PIB. “Na cidade de Fortaleza, já sabíamos que tínhamos um déficit de UTI de cerca de 300 leitos. Reabrimos um hospital privado que estava fechado e o equipamos para atender COVID-19”, disse o secretário. “Também criamos hospitais de campanha ligados aos três grandes hospitais públicos”, acrescentou.

            Entre as experiências compartilhadas por Alline Cezarani está o sistema de gestão coordenada adotado na pandemia, baseado em quatro pilares: equipe, equipamentos, estrutura e evidência. “Ou seja, organizamos a capacitação dos profissionais, os suprimentos - como medicações -, os equipamentos, como respiradores, e aumentamos leitos”, detalhou a expert em administração hospitalar. Ela responde por 10 hospitais do grupo Santa Catarina, instituição filantrópica com 14 mil colaboradores distribuídos em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina. “Todas as ações estavam apoiadas em protocolos e procedimentos discutidos em reuniões diárias pelos comitês de crise. Tivemos muitos desafios, mas podemos dizer que nenhum doente ficou sem assistência”, enfatizou Alline.

A administradora explicou ainda que os leitos extras de UTI já foram desmobilizados na maioria dos hospitais. “A pandemia ainda não acabou, ainda temos mais perguntas do que respostas, mas hoje estamos mais seguros do que estávamos em março”, finalizou.

A professora da FGV resumiu os acontecimentos dos últimos meses. “Fizemos coisas em cinco meses que não tinham sido realizadas em cinco anos.”

O webinar completo pode ser acessado na página do YouTube da FGV.

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