Entre os dias 17 e 19 de março a Organização Mundial de Acreditação (ONA) promoveu o 4º Seminário Internacional de Segurança do Paciente e Acreditação em Saúde – SISPAS. O evento, que recebe há anos o apoio da Hospitalar, foi realizado 100% online e abordou a Acreditação na Era Digital. Temas como a transformação digital como facilitadora para a expressão do paciente, desafios da telemedicina e soluções digitais para trazer valor aos usuários foram abordados em 12 seminários, com palestrantes brasileiros e estrangeiros do setor da saúde.
Com o tema a “Transformação digital e a segurança do paciente”, Jeffrey Braithwaite, membro do conselho e presidente da ISQua - The International Society for Quality in Health Care, consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) e membro do Instituto de Saúde e Inovação em Sidney, na Austrália, foi o destaque da tarde desta quinta-feira, (18).
Jeffrey comentou a missão mundial da área da saúde, que é curar, aprender e descobrir, além da importância da segurança do paciente. “Depois de décadas de melhorias no sistema de atendimento da saúde, os pacientes ainda recebem um atendimento que é muito variável, frequentemente inapropriado e geralmente inseguro”, destacou.
O presidente da ISQua ainda explicou que foram gastos anos para melhorar o atendimento ao paciente, mas que mesmo assim isso permanece um desafio. “Apesar dos avanços na medicina e tecnologia, 10% de todos os pacientes sofreram algum tipo de prejuízo ou complicação com o seu atendimento”. No entanto, ao analisar esse dado, Jeffrey ressaltou que não são os 10% de eventos adversos que definem o atendimento de saúde, e sim os 90% de pacientes que receberam um bom atendimento.
Por isso, cada vez mais, segundo Jeffrey, existia e existe a demanda de novas ideias, inovações e pensamentos sobre qualidade e segurança para o paciente. Para melhorar a qualidade do atendimento é preciso entender a transformação digital, usufruindo da tecnologia de forma a realizar um melhor atendimento. “Precisamos compreender que as tecnologias, como Inteligência Artificial, Machine Learning e Prontuário eletrônico, por exemplo, existem para melhorar a vida do paciente”, concluiu Jeffrey.