O tema “Sistema do futuro: o hospital como protagonista na construção de redes integradas” foi debatido em Talk Show, no dia 23 de novembro, durante o Conahp – Congresso Nacional de Hospitais Privados.
Participaram da discussão o consultor em Saúde Pública, Eugênio Vilaça; o Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre, Erno Harzheim; o Vice-Presidente do ICOS - Instituto Coalizão Saúde, Giovanni Cerri; e o VP médico da Rede D´Or São Luiz e moderador do debate, Leandro Reis. O evento é promovido pela Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, em São Paulo.
O tema “Sistema do futuro: o hospital como protagonista na construção de redes integradas” foi debatido em Talk Show, no dia 23 de novembro, durante o Conahp – Congresso Nacional de Hospitais Privados. Participaram da discussão o consultor em Saúde Pública, Eugênio Vilaça; o Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre, Erno Harzheim; o Vice-Presidente do ICOS - Instituto Coalizão Saúde, Giovanni Cerri; e o VP médico da Rede D´Or São Luiz e moderador do debate, Leandro Reis. O evento é promovido pela Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, em São Paulo.
De acordo com Harzheim, é preciso fazer com que o hospital se insira em sistemas integrados, trabalhando com a saúde da população em vez de atender o indivíduo. “Temos um sistema público e privado disfuncional. Os hospitais têm muitas pessoas que não deveriam estar neles. É preciso ter uma rede com responsabilização populacional e ter o hospital como fonte quando realmente for necessário. Em Porto Alegre, uma pessoa permanece quase 60 dias internada com recursos de alta tecnologia, quando poderia receber cuidados mais simples, com menos custo embutido.”
O sistema de integração juntamente com a comunicação são pontos fundamentais, na visão de Eugênio Vilaça. “A inteligência artificial é algo que não acredito que aconteça tão logo. A comunicação é feita por quem? Por nós mesmo. Mas, como fazer com que as pessoas se comuniquem de maneira eficiente? No setor de saúde é preciso adicionar o sistema de regulação ao sistema de telemedicina, permitindo que a responsabilidade do fluxo das pessoas seja mapeado.”
“Os sistemas público e privado bebem da mesma fonte de problemas e necessidades. Temos clubes de pacientes no Brasil, e em cada um deles é recebido um serviço descompensado, ora com excesso de tecnologia desnecessária, ora com problemas frequentes e de difícil resolução. Temos que mudar o acesso limitado na atenção primária para resolver situações simples como hipertensão e diabetes, e isso custa dinheiro”, afirmou Vilaça.
Apesar de ter dirigido dois hospitais de alta complexidade, Giovanni Cerri percebe que o sistema é falho por centralizar o hospital e o médico, “Isso acaba não funcionando. É preciso deslocar o eixo e focar na atenção primária. Prevenção é a nossa falha. A promoção da saúde não é prioridade, e a atenção básica não tem a valorização adequada. Se tivéssemos uma equipe multidisciplinar para atender com uma visão generalista, tratando os pequenos problemas, teríamos um sistema mais funcional e barato.”
Eugênio Vilaça finalizou o debate falando que toda crise é uma oportunidade de transformação. “Temos que mudar o modelo de gestão, fazer gestão da base populacional e mudar o modelo de financiamento para introduzir as redes integradas de forma alinhada. Temos uma diversidade infinita de hospitais no Brasil. É preciso trabalhar com alguns princípios de rede, economia de escala, acesso e qualidade, além de fazer uma reconfiguração e dar novas funcionalidades aos hospitais, inclusive os de pequeno porte.”
Conahp
Os desafios do novo paciente, as transformações nos sistemas de saúde e as inovações e tecnologias no setor da saúde no Brasil e no mundo. Esse é o foco do 5º Conahp, sob o tema “O hospital do futuro: o futuro dos hospitais”. Promovido pela Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, o evento conta com patrocínio da Hospitalar e acontece de 22 a 24 de novembro, no WTC, em São Paulo.
Ao todo serão três dias de evento com palestras, exposições de trabalhos científicos e espaço de relacionamento com parceiros. O tema será discutido a partir de três eixos estratégicos: do paciente ao indivíduo, a redefinição da entrega de valor; sistema de saúde: as rupturas emergentes e o papel dos hospitais; e inovação e futurismo: a tecnologia a nosso favor.
A programação completa está disponível no online.