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Marcio Gonçalves Moreira, presidente da FBAH, conta os planos da Federação para o sistema de saúde em 2020

A Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) começou o ano com um novo presidente: Marcio Gonçalves Moreira. Em entrevista, ele contou os planos da Federação para o sistema de saúde em 2020.

A Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) começou o ano com um novo presidente. Marcio Gonçalves Moreira está à frente da instituição que busca promover a melhoria da saúde no Brasil, o aprimoramento, qualificação e valorização profissional dos gestores e dos Administradores Hospitalares. Ele também faz parte do conselho fiscal da Federación Latinoamericana de Administradores de La Salud e do Sindicato das Empresas de Administração no Estado de São Paulo, assim como completa o time de outras instituições de renome.

Em entrevista exclusiva para o blog da Hospitalar, ele fala sobre como funciona a eleição presidencial da Federação, por que decidiu assumir o cargo, o que ele espera do setor da saúde este ano e finaliza lembrando os benefícios da parceria com a Hospitalar.

Hospitalar: Como funciona a eleição para presidente na FBAH? Quanto tempo de mandato?
Marcio Moreira: O processo é simples, consiste na votação das chapas inscritas, por Correios, entre o grupo de Associados Honorários, Remidos e Efetivos. Faz-se a apuração de votos em assembleia aberta aos associados e a chapa com maior número de votos é a vencedora. O mandato, de acordo com o Estatuto Social, é pelo período de 2 anos, com direito a reeleição.

 

H: Por que o senhor decidiu estar à frente da instituição?
MM: Como diz minha esposa, porque eu gosto de uma encrenca! (risos). Na verdade, já havia trabalhado na Federação por mais de 8 anos, como Superintendente Executivo, saindo em 2015 para assumir novos desafios, com a Presidência da Fundação Leonor de Barros Camargo. Nesse período à frente da comissão executiva da FBAH, tive a honra de conviver com o Padre Cherubin, um dos idealizadores da Instituição e o percussor da administração hospitalar no país. Seu trabalho, sua dedicação e amor pela administração hospitalar e, em especial, pela FBAH que cuidava com imenso carinho, me motivou assumir a Federação para que esse trabalho tenha continuidade com a sua essência. Um homem incrível, de conhecimento e sabedoria privilegiados, hoje com a memória comprometida, mas, para mim, um líder que não pode ser esquecido. Aliado a isso, completei 40 anos de serviços dedicados à área de saúde e, por isso, fiquei motivado a levar minha experiência frente à presidência da Federação, entidade pela qual tenho grande respeito e carinho e que terei o privilégio de comemorar, em 2021, seu cinquentenário!

 

H: Quais são as atribuições do cargo?
MM: A gestão, auxiliado pela Diretoria-Executiva e suporte dos Conselhos Fiscal e Nacional de Gestão em Saúde - representação legal e social da Instituição, operacionalizado pela Superintendente Executiva; zelar pelo Código de Ética, pela Missão, Visão, Valores e cumprimento, na íntegra do Estatuto Social, documento legal que rege a Entidade.

 

H:  Quais são os planos do senhor como presidente da FBAH?
MM: Além do propósito maior, disseminação, capacitação e atualização do conhecimento. Tanto eu quanto os meus pares estamos engajados em agregar valor focado nas pessoas e nas instituições do setor. Apesar de a área ser imensa, a saúde é uma só e, sendo assim, a união de forças em prol de um sistema de saúde justo e digno para a população do nosso país será a nossa principal bandeira. Além disso, vamos regionalizar a Federação pelo Brasil afora, criando unidades avançadas para que todos os profissionais da área possam se valer de nossas ações. Serão designados representantes altamente preparados para que essa ação possa ser feita com primor.

 

H: Quais são as principais necessidades dos administradores hospitalares? Como a Federação trabalha essas necessidades?
MM: A Federação, acompanhando a evolução do setor, tem hoje o foco no Gestor da Saúde, visto que a Administração Hospitalar é multiprofissional, ou seja, temos pessoas de todas as formações acadêmicas, então temos que levar conhecimento que atenda a essa demanda, assim, procuramos levar o que há de mais atual nas áreas de Gestão, Engenharia, Arquitetura, Atenção ao Paciente, Hospitalidade, Gestão Financeira e de Pessoas, enfim, tudo o que envolve a administração de um hospital. Não podemos nos furtar de atuar em todos os segmentos, mas temos que dar especial atenção à tecnologia que move toda essa engrenagem e à legislação, que direciona para o cumprimento legal.

 

H:   O que o senhor espera do mercado de saúde em 2020?
MM: Que todos os profissionais possam estar preparados e focados para contribuir com o sistema do país. Temos que ter prestação de serviços de qualidade que atendam a todos. Sabemos que as operadoras são uma realidade, pois o SUS, apesar de ser o melhor sistema de saúde suplementar do mundo, não consegue atender a população por completo; então temos que trabalhar muito para que haja uma conexão entre os sistemas para que a população que se valha do sistema privado, pague um preço justo e, aos que não podem pagar que tenham uma saúde pública digna.

 

H: Para o senhor, qual é o papel da Hospitalar na saúde brasileira?
MM: A Hospitalar é parceira da Federação desde o seu início! Independentemente do Grupo que a administra, sempre nos apoiou e valorizou nosso trabalho. Temos profundo respeito por essa Instituição e pelos seus profissionais de ponta, sempre gentis e disponíveis para colaborar. A maior feira do nosso país, que traz sempre o que há de mais moderno e atual no mercado, tem como premissa de levar a público as novidades do setor e atualizar os profissionais com o melhor conteúdo. Adicione a isso, o fundamental papel de agregar pessoas. O network realizado durante a feira é sem sombra de dúvida um dos seus carros-chefes! Profissionais de todas as áreas que envolvem a saúde, de todos os estados brasileiros e países da América Latina realizam grandes negócios e parcerias em função desses contatos.