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A chegada do “novo normal” está mais próxima do que imaginamos

O “novo normal” é o termo que está sendo usado para a fase que o mundo vai viver depois que o coronavírus estiver sob controle

O “novo normal” é o termo que está sendo usado para a fase que o mundo vai viver depois que o coronavírus estiver sob controle - o que, em termos otimistas, está mais perto que podemos imaginar. Isso porque a agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou testes para duas vacinas que estão sendo produzidas, uma provinda da China e outra da Inglaterra.

A primeira vacina que foi autorizada pela instituição sanitária brasileira foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Aqui, a pesquisa está sendo feita em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e o grupo farmacêutico Astrazeneca. O teste está em vantagem quando comparado a outras vacinas desenvolvidas ao redor do mundo, porque eles usam uma plataforma única, que já foi aplicada no Ebola e Mers, além de funcionar como uma dose única.

Para que a vacina inglesa fique disponível para a população ainda este ano, os parceiros esperam dados preliminares referentes à eficácia real da vacina e sua segurança para a saúde humana. Mesmo os voluntários do ensaio clínico sendo acompanhados por, pelo menos, um ano, o anticorpo da vacina pode ficar disponível antes desse período, o que pode mudar de acordo com a evolução do estudo.

Outro estudo aprovado pela ANVISA é da empresa chinesa, Sinovac Biotech, que está na fase III, conhecida como duplo-cego. Esta pesquisa é controlada por placebo e feita a partir de cepas inativadas do novo coronavírus. Ela será realizada em 9 mil pessoas, distribuídas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Antes de ser aprovada, as outras fases também foram analisadas. Essas outras foram não clínicas em animais, com segurança aceitável pelos especialistas.

O Brasil está se tornando local adequado para os testes de vacina, uma vez que o vírus da COVID-19 está circulando entre a população e o número de mortalidade pela doença está cada vez mais alto. A reputação científica do país também ajudou para que os testes fossem realizados aqui.