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A Beneficência Portuguesa de São Paulo participa dos testes de vacina contra a COVID-19

Colaboradores e funcionários da linha de frente serão os primeiros a participarem do estudo de fase 3 da farmacêutica Janssen

A grande necessidade de criar uma vacina contra a Covid-19 mobilizou diversas empresas, da área da saúde ou não, a investirem seus recursos em pesquisa e desenvolvimento para confeccionar uma vacina.

A vacina da farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, já está na fase 3 de testes e escolheu a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo para ser um dos centros de pesquisa para realizar os testes dessa fase. Essa vacina, ao contrário das outras, é de dose única. Esse estudo já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e faz parte do esforço coletivo em São Paulo na busca pela imunização.

A duração total da pesquisa deve ser de 2 anos, mas informações parciais poderão ser divulgadas antes disso. Durante esse período, os voluntários passarão por exames sorológicos para avaliação e questionários eletrônicos periódicos, duas vezes por semana no primeiro ano e uma vez a cada duas semanas no segundo.

O estudo da fase 3 da vacina Janssen contará com cerca de 7 mil brasileiros em 28 centros de pesquisas, em 11 estados. A Beneficência Portuguesa, que faz parte da Coalizão Brasil Covid-19, realizará o estudo, inicialmente nos colaboradores e funcionários que atuam na linha de frente. "Desde o início da pandemia de Covid-19 a BP vem somando esforços no combate à doença, apoiando outras instituições e realizando pesquisas para entender a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes atingidos pelo vírus”, afirma Luiz Eduardo Loureiro Bettarello, diretor-executivo Médico e de Desenvolvimento Técnico da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O estudo da vacina Janssen está sendo realizado em 7 países além do Brasil. No total serão 60 mil adultos acima de 18 anos, com uma parte significativa dessa amostra de pessoas acima de 60 anos. O estudo é clínico, randomizado, duplo-cego, e controlado por placebo. Os locais escolhidos para o estudo foram de acordo com a prevalência atual da doença, da demografia da população e exigências das autoridades regulatórias, levando em conta os modelos epidemiológicos e a colaboração com as autoridades dos centros de pesquisa escolhidos.