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Escassez de contêineres tem prejudicado exportações e importações no mundo todo

Veja as consequências e estratégias para esse cenário.

A pandemia do coronavírus (covid-19) afetou diversas atividades comerciais. Por conta das novas medidas sanitárias, muitas empresas, comércios e estabelecimentos enfrentaram fortes crises durante esse período.

Após dois anos de isolamento social, o mundo começa a se recuperar e retomar atividades que são essenciais para a movimentação da economia de um país. Apesar de alguns países se recuperarem mais rapidamente, o traslado de mercadorias e produtos por contêineres e navios têm sido realizados lentamente.

Os grandes portos de exportação e importação, que geram maior lucro, estão localizados nos Estados Unidos, Ásia e Europa. Por conta disso, esses locais têm tido altas demandas e a maioria dos contêineres acabam indo para essas rotas mais rentáveis. Além disso, houve uma diminuição na produção de contêineres durante a pandemia, justamente pelo fato de ter ocorrido uma queda brusca no número de compras e vendas.

 

Consequências 

A demanda subiu rapidamente e, com isso, houve uma elevação nos preços de fretes e prazos para importação e exportação de mercadorias. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que entre 128 associações industriais e empresas, mais de 70% delas relataram ter tido problemas relacionados à falta de navios ou contêineres e mais da metade passou por cancelamento ou suspensão de viagens programadas.

Para tentar receber seus produtos no período exigido, exportadores estão tendo que desembolsar mais para pagar os fretes.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), os preços relacionados ao frete subiram mais de 50% e muitas taxas estão sendo cobradas. Além disso, o preço dos itens podem ficar mais caros ainda, se adicionarmos a essa conta a alta da cotação do dólar.

Esse cenário pode ser desfavorável para quem procura importar insumos para abastecer a distribuição de material promocional para clientes e parceiros, por exemplo. Muitos dos brindes e materiais ofertados em eventos, encontros de relacionamento e feiras são importados desses principais portos asiáticos e americanos. A inclusão das taxas mais caras de frete podem inviabilizar esse processo e atrasar a produção de canetas, blocos de notas, chaveiros e demais brindes corporativos.

 

Estratégia

Para driblar esses altos preços é preciso analisar o mercado como um todo e entender onde vale a pena investir para baixar os custos. Para a produção de brindes, por exemplo, uma alternativa segura é procurar distribuidores nacionais que usam matérias primas nacionais, que independem de importação para serem confeccionados. Isso ajuda a movimentar o comércio interno e ainda agiliza a produção

Já para os produtos que não podem ser conseguidos nacionalmente e precisam estritamente ser importados, há uma estratégia que vem ganhando mais espaço no mercado. O uso das big bags tem sido  uma segunda opção para a utilização dos contêineres. Elas nada mais são do que “sacolas” capazes de carregar até uma tonelada.

As big bags são produzidas a partir de ráfia de polipropileno e revestidas com um forro de polietileno para proteger de possíveis contaminações. Além disso, a embalagem é capaz de substituir o contêiner, dependendo da necessidade do cliente.

Segundo a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), a tendência é que a situação seja estabilizada em janeiro de 2022, com recuperação total apenas no segundo semestre.