HIMSS@Hospitalar mostra a transformação da saúde por meio da inteligência artificial

Nesta quinta-feira (24), o HIMSS@Hospitalar realizou seu terceiro dia de fórum internacional. Os temas centrais foram TeleHealth & Connect Care e EHR, Artificial Intelligence and Cognitive Computing.

Nesta quinta-feira (24), o HIMSS@Hospitalar realizou [2] seu terceiro dia de fórum internacional. Os temas centrais foram TeleHealth & Connect Care e EHR, Artificial Intelligence and Cognitive Computing. O HIMSS@Hospitalar [3] – International Digital Healthcare Forum é organizado pela UBM Brazil em parceria com a Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS). É realizado em São Paulo durante a Hospitalar.

A inteligência artificial (IA) foi o centro das atenções, norteando todo o conteúdo das palestras. Mike Kapps, CEO da TNH Health, falou sobre a IA por trás da tecnologia dos chatbots e voicebots. “A interface de conversa, seja por mensagem ou voz, é mais eficaz que a de cliques, porque você consegue obter mais informações do paciente, por isso as empresas investem cada vez mais nessa tecnologia”, explicou. De acordo com o CEO, a previsão de economia com essa tecnologia pode chegar a US$ 3,6 bilhões até 2020 em todo o mundo.

Basicamente, as pessoas serão atendidas por robôs para diagnósticos simples em um futuro próximo, sendo que os chatbots e voicebots podem ser integrados com a telemedicina e outras tecnologias, sendo um apoio eficiente no cuidado primário.

Ricardo Pena, da Avaya, apresentou as soluções de consulta virtual, ou consulta por vídeo, já em funcionamento em alguns países. “Isso não é o futuro, já está acontecendo e mudando as relações de negócios com operadoras e pacientes”, disse o diretor da Avaya.

Segundo Pena, o vídeo ajuda a diminuir o problema do absenteísmo nos agendamentos, seja para consultas ou exames. O desafio é oferecer ao médico todos os recursos necessários e integração de todos os devices e sistemas para que a consulta virtual seja eficiente. A ferramenta deve ser completa.

Da Holanda, Pieter van Gorp abordou um tema ainda pouco explorado no Brasil, o Health Gamefication. Ele explicou que a técnica de captação de informações por meio de jogos eletrônicos conectados à internet é muito eficaz, mas ainda há desafios a serem superados. “Em primeiro lugar, há um foco excessivo em aplicativos e games para atividades físicas. Em segundo, os usuários se isolam em ilhas, ou seja, compartilham suas metas alcançadas e lançam desafios a amigos e colegas de trabalho, mas esquecem de fazer isso em casa, com a família. O ideal, para essa rede de informações funcionar, é que toda a família seja integrada”, afirmou.

Gorp é da Eindhoven University of Technology da Holanda e estudioso da Health Gamefication. De acordo com ele, quando as pessoas são incluídas numa competição por meio de aplicativo de lifestyle, mesmo que seja para que todos fiquem mais saudáveis, “não temos evidência de que isso funcione”. As empresas devem criar aplicativos para fazer essa mensuração e ver as regras que vão maximizar a atividade entre as pessoas.

Computação em Nuvem

Outro assunto que ganhou a atenção de todos, nesta quinta-feira (24), foi a computação em nuvem. Coordenado por Michael Jackson, da Amazon Web Services (AWS), a plenária foi dividida em duas partes e contou com a participação do Pedro Galante, pesquisador sênior e coordenador do Laboratório de Bioinformática do Hospital Sírio-Libanês, e Jacson Barros, CIO do Hospital das Clínicas de São Paulo, com mais de 25 anos de experiência em Health IT.

Eles mostraram, com experiências distintas, como a computação em nuvem otimiza processos e é essencial no armazenamento e compartilhamento de um grande volume de informação. É uma solução que não tem volta e veio para transformar o universo de pesquisas científicas, clínicas e acadêmicas.

“A nuvem consegue disponibilizar a informação precisa e dá para criar linhas de tratamento e pesquisa distintas”, ressaltou Galante.

A AWS fornece soluções em nuvem que são destaque no mercado e fez questão de participar do HIMSS@Hospitalar n [4]ão só com conteúdo, mas também com uma equipe, que esteve presente durante o intervalo da plenário e mostrou um pouco da gama de serviços que a empresa possui, além da distribuição de brindes aos participantes.

O fechamento do dia foi com chave de ouro, com uma aula do Chief AI Evangelist & Strategic Adviser e USC Price School of Public Policy (USA), Sam King. Ele falou da revolução que a inteligência artificial já está fazendo nas relações humanas. Exemplificou, com um caso real, que um robô pode substituir qualquer pessoa após a morte, postando e respondendo mensagens nas redes sociais e em aplicativos por mensagem.

King explicou a diferença entre Machine Learning e Deep Learning, e enfatizou que essas tecnologias vieram para transformar todas as relações sociais e de trabalho no século XXI. O HIMSS@Hospitalar segue [5] com programação até sexta-feira (25/05). Confira e inscreva-se.