Diabetes leva indústria a desenvolver novas tecnologias

O mais recente relatório mundial sobre diabetes divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela um crescimento alarmante da doença em todo o mundo.

São 422 milhões de adultos convivendo com o distúrbio, ante 108 milhões de pessoas, em 1980. Comparando os dois períodos, a incidência na população adulta passou de 4,7% para 8,5%, quase o dobro. No Brasil, saltou de 5% para 8,1% no mesmo período. A OMS estima que, em 2030, a diabetes seja a sétima causa de óbitos no mundo.
O mais recente relatório mundial sobre diabetes divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela um crescimento alarmante da doença em todo o mundo. São 422 milhões de adultos convivendo com o distúrbio, ante 108 milhões de pessoas, em 1980. Comparando os dois períodos, a incidência na população adulta passou de 4,7% para 8,5%, quase o dobro. No Brasil, saltou de 5% para 8,1% no mesmo período. A OMS estima que, em 2030, a diabetes seja a sétima causa de óbitos no mundo.

Os números alarmantes impulsionaram a indústria a desenvolver soluções para estimular o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida do paciente. Um exemplo é o analisador DCA Vantage, da Siemens Healthineers no Brasil, lançamento da companhia para testes de hemoglobina glicada.

Como funciona a tecnologia

Fundamentais para o diagnóstico e acompanhamento do paciente diabético, os testes de hemoglobina glicada proporcionam visão ampla da concentração de glicose no sangue, com rapidez e máxima exatidão. "O resultado do teste de hemoglobina glicada é realizado em amostra capilar e fica pronto em 7 minutos, podendo ser realizado no momento da consulta. Dessa forma, o profissional de saúde poderá adequar a prescrição de medicamentos e orientações ao paciente imediatamente", explica Débora Cabrini, Head de Point of Care da Siemens Healthineers no Brasil.

De acordo com Débora, outra vantagem do analisador é a realização do teste da relação albumino/creatina (ACR), indispensável para a determinação de doenças renais em pacientes de alto risco. "O teste para ACR poupa o paciente de realizar o exame de coleta de diversas amostras de urina durante 24 horas, procedimento ainda adotado por muitos centros de saúde para verificar a função dos rins. Com uma única amostra, o resultado do teste de ACR é liberado quase instantaneamente.”

Fadlo Fraige Filho, médico endocrinologista e presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), ressalta que o diagnóstico precisa ser feito o quanto antes e aponta a importância do desenvolvimento de tecnologias como as da Siemens.

"Os testes de Point of Care fornecem diagnósticos precisos, como a glicemia capilar e a hemoglobina glicada A1C, recursos importantes inclusive para pacientes de risco para a doença. Além disso, é essencial que se realize o diagnóstico das complicações para o diabetes, como o teste de proteinúria (relação albumina/creatinina) que mede se a urina tem quantidades elevadas de proteína – auxiliando na identificação da hipertensão e doença renal.”