Abertura do HIMSS@Hospitalar oferece conteúdo diversificado e informações sobre inserção de tecnologia 3D na saúde

Abertura do HIMSS@Hospitalar oferece conteúdo diversificado e informações sobre inserção de tecnologia 3D na saúde

Congresso internacional de Digital Healthcare teve início na primeira hora da manhã trazendo grandes palestrantes nacionais e internacionais; evento se prolonga pelos quatro dias da Hospitalar Feira+Fórum

Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (16), a Hospitalar Feira+Fórum abriu o HIMSS@Hospitalar [2], fórum internacional de Digital Healthcare que traz ao evento o que há de mais inovador em debate na área de tecnologia da saúde no mundo. Em duas salas simultâneas, Guilherme Hummel, coordenador científico do fórum, e Monica Araujo, diretora do evento, deram as boas-vindas e fizeram uma breve apresentação sobre o ciclo de palestras que se estende pelos quatro dias da feira.

“É visível que temos uma enorme demanda reprimida e parte dessas soluções serão discutidas aqui. Teremos cerca de 56 conferências, 35 delas internacionais. Além disso, contamos com oito universidades de grande respeitabilidade em pesquisa”, comentou Hummel após agradecer a presença de todos e destacar a importância dos patrocinadores do evento.

Ao mesmo tempo, em uma sala paralela, Monica Araújo também cumprimentou os presentes e destacou a importância do evento no cenário de Digital Healthcare. “Parte das inovações que aqui serão apresentadas estão ajudando a mudar o mundo. Nunca o Brasil precisou tanto delas. Em nenhum momento da história moderna o paciente teve tanta tecnologia para reduzir seus males clínicos, principalmente aqueles mais oprimidos, que talvez nunca na vida tenham ido ao médico, mas que poderão falar com ele através de uma simples linha de telefonia móvel”, afirmou.

Todo o conteúdo do HIMSS@Hospitalar est [3]á dividido em oito verticais principais: Innovation Solutions for Hospital Chain; Venture Capital Supporting eHealth Revolution; TeleHealth, Med-Devices and mHealth; Consumerization Healthcare; Healthcare Privacy & Security; Health Interoperability Challengers; EHR – New Generation & Best Implementations; e Pharma Demand-driven. Além disso, em uma terceira sala, serão apresentadas palestras contextuais desenvolvidas para fazer a fusão de interesses das demandas do mercado com a tecnologia nacional.

3D modificando a medicina e a saúde no Reino Unido

Ao longo desta terça-feira os presentes assistiram a seminários de peso oferecidos pelo HIMSS@Hospitalar. [4] Trazendo explanações sobre o cenário de saúde do Reino Unido, a CEO da Healthcare UK, Deborah Kobewka, apresentou informações sobre o primeiro país a garantir o acesso universal à saúde para seus cidadãos.

A executiva abordou o funcionamento do National Health Service (NHS) como o maior sistema público de saúde e o mais antigo do mundo. Por meio dele, todas as pessoas que vivem na Inglaterra têm direito a consultas, atendimentos, tratamentos e, em alguns casos, até medicamentos gratuitos. “Os gastos com saúde representam 9,3% do PIB do Reino Unido, o que corresponde a menos da metade do percentual gasto nos Estados Unidos”, diz.

As áreas de especialização do Reino Unido em saúde foram agrupadas em quatro eixos principais: saúde digital, educação e treinamento, serviços clínicos e infraestrutura de serviços. “A ideia é oferecer serviço integrado aos pacientes, com cuidados coordenados, de forma replicável”, declara Deborah.

Para o Brasil, a executiva explica que a expertise do Reino Unido em saúde, com seus modelos de parceria público-privada, aliada à experiência e profundos conhecimentos, podem contribuir para a reforma e melhoria do cenário atual. A Healthcare UK conta com uma equipe de especialistas internacionais em saúde na América Latina, com foco no mercado brasileiro. “As motivações incluem maior investimento em saúde, maior estabilidade econômica e valorização das qualidades do NHS”, conclui.

Aprofundando o debate tecnológico na aplicação de 3D no ambiente de saúde, o HIMSS@Hospitalar [2] recebeu o chefe da disciplina de telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Chao Lung Wen, que vê a impressora 3D mudando intensamente o uso da tecnologia dentro dos hospitais. “O segredo está no design da computação gráfica a serviço da saúde, e vale saber que até mesmo em impressoras a partir de R$ 8 mil é possível fazer protótipos de qualidade”, ressalta.

Há pelo menos 13 anos, a Universidade de São Paulo (USP) mapeia a digitalização do corpo humano. Além de se responsabilizar pela impressão dos corpos em tamanho real, com riqueza de detalhes na impressão, como nervos e tecidos, é possível trabalhar com filamentos de plástico e resina fotossensível aumentada, ao invés apenas dos tradicionais aço, alumínio e titânio.

Wen explica que as próteses de órgãos têm finalidades variadas, podendo ser para fins educacionais, de ensino em ultrassonografia, para capacitação continuada, e com fins assistenciais para o planejamento de cirurgia antecipada de acessos difíceis. “Em certa ocasião fizemos a reconstrução de parte do osso da caixa craniana, em outra, a reconstrução de vértebras para o tratamento de hérnia de disco”, lembra.

Holanda apresenta sua experiência como melhor sistema de saúde da Europa – A abertura do HIMSS@Hospitalar tamb [5]ém contou com apresentações holandesas. Uma delas sobre como a inteligência artificial muda o hospital, foi ministrada pelo diretor-geral da Praktijk Index, Bas van de Veen, que é também cofundador da corporação que desenvolve produtos de informação para a gestão de cuidados de saúde, voltada para o uso sustentável de recursos de dados das organizações de cuidados de saúde na Holanda. Segundo ele, a Inteligência Artificial permite que hospitais explorem os próprios dados e com isso diminuam os esforços empregados, otimizando tempo.

O summit HIMSS@Hospitalar [2], resultado de uma parceria estratégica com o HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society, conta com patrocínio de GE Healthcare, InterSystems, Healthways, Intel, Optum, Salux, AxisMed e Telefonica.

Nesta quarta-feira, a programação do congresso contará com seminários e apresentações sobre venture capital, incluindo palestra de Daniel Kolbar, cônsul para Economia de Israel, e as principais novidades e desafios da interoperabilidade em saúde, vertical que recebe Marcelo Blois, líder regional de Digital Technologies da Ge Healthcare.

Confira o programa completo do fórum, bem como o perfil de todos os palestrantes, clicando AQUI [6].