Desde o anúncio do primeiro caso confirmado infectado com o novo coronavírus no Brasil, diversas medidas vêm sendo tomadas para evitar a propagação do contágio. No entanto, a doença já atingiu quase 6 milhões de brasileiros, dentre os quais boa parte se recuperou do vírus.
Pacientes que tiveram sintomas agudos da doença podem experimentar algumas sequelas, como fraqueza, falta de ar, dificuldade para engolir, entre outros. Por isso, a reabilitação desse paciente é tão importante para que volte a ter qualidade de vida após se curar da doença. Foi dessa necessidade que surgiu o programa “Reabilitação Covid-19”
O novo projeto “Reabilitação Covid-19” do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) tem 2 objetivos: promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas anteriores à pandemia e apoiar a implementação de um plano de reabilitação em enfermaria para pacientes que saíram recentemente da UTI por conta da Covid-19. O programa foi lançado oficialmente no dia 5 de novembro em solenidade no Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo.
O projeto é executado pelo Hospital Sírio-Libanês no âmbito do PROADI-SUS. Fazem parte dos apoiadores da iniciativa o CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde).
O projeto pretende implantar leitos de cuidados prolongados/reabilitação nos hospitais, melhorar o fator de utilização dos leitos crônicos, reduzir o tempo médio de permanência dos pacientes críticos crônicos pós covid-19, capacitar as equipes e pôr em prática o plano de alta segura, utilizando principalmente as metodologias Lean e Ágil.
Luiz Otavio Franco Duarte, Secretário de Atenção Especializada (SAES) do Ministério da Saúde, afirma que a iniciativa reforça a importância do PROADI-SUS para o Sistema Único de Saúde: "Esse binômio muito bem aproveitado pelo sistema público e privado dá o alicerce para que o SUS alcance a excelência e promova qualidade de vida para seus usuários".
A, médica líder do projeto Reabilitação pós covid-19, Dra. Amanda Santos Pereira, diz que um dos objetivos do projeto é evitar o desperdício de recursos dentro dos hospitais. "Com a metodologia Lean, o paciente não permanece por tempo desnecessário à sua condição clínica na UTI, gerando uma melhoria no giro de leitos e estabelecimento de uma linha de cuidado segura entre o cuidado hospitalar e a Atenção Primária", conclui.
O projeto, ficará na fase de testes durante o mês de novembro, e a iniciativa também fará a doação de diversos equipamentos de reabilitação, para possibilitar a excelência do cuidado ao paciente no âmbito do projeto. O projeto busca devolver a funcionalidade do paciente, recuperando suas atividades em sociedade. A iniciativa chega em um momento importante e promete ser revolucionária.