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Telemedicina, a tendência mundial de se conectar aos pacientes

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Telemedicina. Em meio a muitas críticas, o Conselho Federal de Medicina revogou a resolução que amplia a prática da telemedicina no Brasil. A decisão foi tomada em fevereiro deste ano. Na ocasião, o texto determinava que por meio dessa prática, seria possível realizar consultas, diagnósticos e cirurgias a distância.

Telemedicina. Em meio a muitas críticas, o Conselho Federal de Medicina revogou a resolução que amplia a prática da telemedicina no Brasil. A decisão foi tomada em fevereiro deste ano. Na ocasião, o texto determinava que por meio dessa prática, seria possível realizar consultas, diagnósticos e cirurgias a distância. No entanto, a prática ainda é bem diferente e a telemedicina não se resume somente a isso. Pelo menos, é o que o esclarece o Chief Medical Officer global da Elsevier, Dr. Ian Chuang.

“A telemedicina partiu do pensamento de que nós devemos ficar conectados aos pacientes. Antes dos prontuários eletrônicos, o que eu fazia era praticar a medicina na minha sala e tudo o que eu tinha era um telefone. Nenhum computador, papel ou registro. Sempre existiu a mesma necessidade, ou seja, eu trato o paciente, mando para a casa, ele pode ficar bem ou não, talvez ele tenha algumas preocupações, ansiedade, talvez tenha alguma reação. Então, como eu posso cuidar dele quando não está bem na minha frente? A telemedicina é para ficar conectado e comprometido ao paciente, para melhorar o atendimento”, ressaltou.

Dr. Chuang também falou da crença que se tem em achar que telemedicina se resume apenas em atender a um paciente por meio de um telefone celular. Ele contou que esta tecnologia, a longo prazo, pode refletir na melhora do sistema de saúde. “Eu sei que o mundo pensa que é apenas um tratamento por meio do smartphone em que se comunicam através de um televídeo. Neste caso, é apenas a tecnologia usando um mecanismo. Então, o que vejo no mundo é uma longa jornada contínua que envolve a melhora da entrega do sistema de cuidados. É um esboço do que chamam de centro de excelência, onde se demostram muita capacidade, uma entrega efetiva de atendimento usando a telemedicina, mas em casos muito específicos. Então, pode ser específico para a área de oncologia, para um paciente que passou por quimioterapias e que precisa de algum tipo de acompanhamento, ou para um atendimento de emergência e que você não precise de fato ir para o hospital, fazer um diagnóstico ou ter acesso a outros documentos. O que precisamos é construir um serviço em que tudo possa funcionar em harmonia. Eu poderia ter acesso a informações por meio de imagens ou registros, então não seria apenas as minhas palavras ou as do paciente, mas seriam informações quantitativas para complementar aquilo,” reforçou.

Ele critica a disseminação da informação que conclui que esta prática se delimita apenas a atendimentos via telefone e que na prática a telemedicina vai muito além do que foi divulgado. “Enxergar a telemedicina apenas delimitada em um smartphone não resolve muita coisa. Não é fácil para mim diagnosticar pneumonia pelo telefone, por exemplo.  Eu posso ficar mais seguro fazendo um diagnóstico sobre gripe, mas inseguro ao diagnosticar pneumonia. Então, o telefone não resolve isso.  Temos que ter algumas diretrizes com informações que possam ser checadas e definidas. Este é o conceito que precisa ser atrelado ao conhecimento e a esta plataforma, do contrário seria apenas um sistema de telefone que possuímos,” disse.

Telemedicina no Brasil

É sempre complicado fazer uso de um instrumento que envolva o manuseio de uma tecnologia até então desconhecida, não importa em qual país que se atua. A popularização desta depende de algumas variáveis, como acesso da população àquela nova ciência, adaptação de um novo modelo de prática medicinal, situação financeira e até mesmo educação. Todos esses fatores influenciam na aplicabilidade e funcionamento da nova ferramenta. Engana-se quem pensa que só os países de terceiro mundo, como o Brasil, estão suscetíveis a isso. A população dos países onde a telemedicina já é aplicada, como nos Estados Unidos e Canadá, também enfrentou algumas dificuldades, antes da tecnologia ser aplicada. “Acho que pelo fato de ser um processo, uma jornada para tudo ser entregue conforme se prevê, temos que partir do pensamento de que a telemedicina será construída no Brasil a partir de como a população vai ser servida. Temos que partir do fato de que terá que atender a uma linha de base. É uma oportunidade para avançarmos, independentemente de onde está partindo. Diante disso, temos que pensar que terá algumas limitações. O que posso afirmar é que é necessário observar outros mercados emergentes do mundo para se ter como base, porque costumamos pensar que essas tecnologias chegam devagar, mas se ter isto como fio condutor, vai perceber como as coisas avançaram,” comenta Dr. Ian Chuang.

Ele ainda descreve um quadro bem positivo do Brasil e enxerga que é apenas uma questão de tempo e adaptação para que a telemedicina seja colocada em prática no país. “A tecnologia já está aqui, só não está muito bem distribuída. É desafiador. Vai acontecer como nos Estados Unidos que mesmo sendo considerado um país de primeiro mundo, ainda tem problemas,” revelou.

O executivo da Elsevier prevê que esta é uma tendência mundial e que no futuro os países estarão adaptados para trabalhar neste formato. “É definitivamente uma tendência global. Eu percebo isso em todos os continentes, mas as prioridades são diferentes em cada país. Eu não diria que é um mercado emergente. É triste dizer isso, mas o problema da telemedicina é o custo,” indicou.

Hospitalar

Apesar do Chief Medical Officer global da Elsevier não estar presente na 26ª edição da Hospitalar, que acontece entre dos dias 21 e 14 de maio, no Expo Center Norte em São Paulo, ele se mostrou animado com a presença da Elsevier no evento. Ele, que já esteve presente no HIMSS Orlando e Las Vegas, nos Estados Unidos, não poupou elogios. “É um evento reconhecido internacionalmente e que a sociedade da área da saúde tenta apoiar. As organizações da saúde o adotaram como referência. É um evento renomeado e reconhecido, que tem apoiado hospitais a evoluírem e a terem reconhecimento,” disse.

Dr. Chuang ainda evidenciou a importância da empresa na Hospitalar. “Neste ano, o HIMSS e a Elsevier anunciaram a premiação HIMSS-Elsevier Digital Healthcare durante a Hospitalar, e o objetivo é promover reconhecimento a estas instituições que estão comprometidas nas estratégias, fazendo investimentos durante os processos. Este é um prêmio de reconhecimento. É a união do conhecimento e tecnologia”, finalizou.

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