Vantagens são inúmeras, começando pela possibilidade de eliminar pilhas de papel, economizar tempo na localização de fichas de pacientes antigos e contar com a segurança de ter as informações médicas protegidas
A urgência na adoção de tecnologias para aumentar a eficiência e a qualidade nos processos clínico-assistenciais já faz parte da realidade de muitas instituições de saúde no Brasil. Características como alto custo com a saúde, necessidade de maior produtividade das equipes médicas e exigência por atendimentos de qualidade estão transformando o modelo de cuidado da saúde e inserindo mais rapidamente recursos tecnológicos nesse contexto. Prova disso é que em 2014 foi aprovado pelo Senado Federal o PL (Projeto de Lei) 167, que autoriza profissionais de saúde, clínicas e hospitais a digitalizar todos os documentos reunidos nos prontuários dos pacientes e a eliminação posterior do original impresso, desde que a digitalização seja certificada digitalmente. A notícia foi bem recebida pela área médica, que há anos enfrenta dificuldades em relação ao acúmulo de papel.
Seguindo a tendência mundial de discussão sobre temas ligados às tecnologias digitais no ambiente de healthcare (eHealth), a Hospitalar deste ano contou com um fórum totalmente voltado para o eHealth, que vem mudando a área de serviços de cuidados e está no centro dos sistemas de saúde. O evento destacou que não há mais como fugir do investimento em digital healthcare.
“O mundo mudou, o mercado está mudando (se globalizando), e o cenário nacional precisa se reinventar. Precisa de reformas, de inovação, de oxigenação e, acima de tudo, de investimentos”, justificou Guilherme Hummel, do eHealth Mentor Institute, empresa de mentorização corporativa para investidores, provedores e empresas consumidoras de eHealth e responsável pelo conteúdo do evento. A apresentação de Hummel centrou-se na atuação dos fundos de Venture Capital nesta fase de transição em que os investimentos em tecnologia na área de saúde já superam os de outras áreas basilares do mercado.
SOLUÇÕES INOVADORAS
A Agfa HealthCare, empresa belga fornecedora de diagnóstico por imagem e soluções de TI ao redor do mundo, é detentora do Prontuário Eletrônico de Paciente, ou PEP, cuja funcionalidade dos Sistemas de Gestão de Saúde é manter o registro de informações clínicas. Integrado ao Sistema de Gestão Hospitalar (HIS – Hospital Information System), no qual ficam armazenados os dados demográficos e administrativos/financeiros do paciente, além das regras de negócio da instituição de saúde, o PEP permite o gerenciamento amplo do fluxo de cuidado com o paciente, além da gestão global da instituição e suas relações com o SUS (Sistema Único de Saúde) e o Sistema de Saúde Suplementar.
“O PEP também pode eliminar o registro em papel das informações do paciente com a utilização da assinatura digital, mantendo todas as informações de prescrições em meio eletrônico. O acesso às informações e às ferramentas de prescrição de medicamentos, cuidados e dietas, entre outros dados, se torna mais rápido e disponível de qualquer lugar”, destacou Americo Rodota, gerente de negócios da Agfa HealthCare da área de healthcare information solutions para a América Latina.
A MV Sistemas é um dos principais players da área e em 2015 recebeu o prêmio KLAS Category Leader for Global Acute EMR – Latin America, baseado no feedback de profissionais de diversas instituições de saúde no mundo que compartilham informações e experiências relacionadas ao uso de tecnologias da informação na saúde. “O Prontuário Eletrônico do Paciente é uma ferramenta que reúne em um único local todo o histórico clínico-assistencial, além de permitir o registro e o controle de toda a programação do plano de cuidado multidisciplinar de cada paciente. Simplificando o armazenamento de dados, a solução auxilia o corpo clínico no apoio à decisão clínica por meio da disponibilização de protocolos e do acesso a bases de conhecimento”, ressaltou Ubirajara Maia, diretor corporativo de sistemas da MV.
Já a TOTVS desenvolveu a quatro mãos o Prontuário Eletrônico de 2ª Geração (PEP2.0) com o apoio de médicos e enfermeiros, o que resultou na criação de um produto que oferece, em forma de solução tecnológica, a experiência e a facilidade de uma prescrição em papel. Assim, foi possível quebrar o preconceito que alguns profissionais de saúde ainda têm em relação à adoção de prontuário eletrônico. “Quando um paciente chega à instituição de saúde, inicialmente é realizado o seu cadastro, onde são coletadas as informações gerais. Após esse registro, o paciente é encaminhado para o primeiro atendimento, diretamente com o médico ou com a equipe de enfermagem da triagem. Neste momento, as informações sobre o quadro clínico são registradas em seu prontuário eletrônico, que o acompanhará durante toda a permanência na instituição”, enfatizou Marcelo Souccar, head do segmento de healthcare da TOTVS, empresa de soluções de negócio.