A empresa de tecnologia, inovação e saúde Elsevier oferece soluções para a melhoria do diagnóstico e atendimento ao paciente com o uso da inteligência artificial e outras tecnologias. Para falar sobre como a empresa vem atuando no setor, a equipe da Hospitalar conversou com Claudia Toledo, diretora de Clinical Solutions da Elsevier Brasil, responsável por liderar, desenvolver e executar a visão geral e a estratégia para o segmento de saúde no Brasil.
Hospitalar - Como a Elsevier avalia a Hospitalar 2018 e as possibilidades que o HIMSS@Hospitalar trouxe para o público do setor?
Claudia Toledo - Todo hospital moderno e que busca melhoria precisa estar atualizado com as demandas. A Hospitalar é a principal reunião de tecnologia e informação em saúde da América Latina para discutir inovação, conhecimento e colaboração necessários para transformar a saúde – e a tecnologia –, tudo junto em um só lugar com os principais stakeholders presentes. Todo mundo que pensa saúde e tecnologia no Brasil e, principalmente, com foco no Brasil, estava na Hospitalar. Foi um momento ímpar para trocar informações sobre educação, conversar com fornecedores, conhecer projetos e iniciativas especiais, novidades e fazer networking. A edição de 2018 foi excelente e trouxe a diversidade e atualidade que o mercado buscava.
H - Comente o que a Elsevier levou ao público da Hospitalar entre inovações, tendências e exemplos atuais da empresa
- C. T - Um dos pontos altos da presença da Elsevier na Hospitalar foi sem dúvida a palestra no HIMSS@Hospitalar. A especialista em informática clínica da Elsevier na América Latina, Daniela Naranjo, apresentou para o público da Hospitalar um caso real de como a Fundación Valle del Lili (FVL) ganhou a certificação EMRAM estágio 6, da HIMSS, a partir da utilização de soluções CDS Order Sets, Care Planning e Clinical Key (todas da Elsevier). A FVL é o mais respeitado hospital na Colômbia (550 leitos com 18% deles em UTI) e o 3º melhor hospital da América Latina, de acordo com o ranking da América Economia.
Como muitos hospitais do Brasil, as dificuldades da FVL incluíam ter uma documentação de planos de cuidados satisfatória, pois as equipes reclamavam do grande volume de formulários a serem preenchidos. E com isso, não sabiam como trazer de forma padronizada a última evidência para a prática médica, garantindo a segurança do paciente.
A Elsevier e a FVL enfrentaram juntas desafios de integração das soluções de CDS no prontuário da FVL, como o desenvolvimento de funcionalidades nesses documentos, para conter as soluções Order Sets e Care Planning e a adaptação de terminologias de conteúdo que precisaram ser adaptadas para a necessidade da América Latina. Mas todo o know-how de implantação desse tipo de solução em hospitais dos Estados Unidos foi usado para a implementação do projeto concluído com máximo sucesso e o alcance da certificação Nível 6 da HIMSS.
H - Utilizar a tecnologia para apoiar a decisão clínica durante o diagnóstico é uma das soluções trabalhadas pela empresa. Fale um pouco destas iniciativas e dos cases que já existem.
C.T - A Elsevier é a única empresa no mundo que desenvolve sistemas de informação para atender a estes três momentos do cuidado completo com foco no paciente: avaliação e diagnóstico, tratamento e cuidado, prevenção e continuidade do cuidado em casa. Especificamente para o momento de avaliação e diagnóstico temos o ClinicalKey, o Statdx, o ExpertPath, o Clinical Pharmacology, o Arezzo e o Via Oncology.
H - Com a tecnologia auxiliando cada vez mais no diagnóstico, tratamento e prevenção, como a empresa percebe o futuro do setor da saúde?
C.T - Os hospitais, clínicas e provedores de saúde atualmente buscam atingir um padrão de referência em saúde e querem atrair os melhores profissionais e parceiros, para focar em melhorar a prática clínica e fornecer atendimento de alta qualidade. Mas não é simples. Eu gostaria de pontuar três desafios que são bastante críticos:
Diminuir a grande variabilidade na qualidade e no custo do cuidado – o que vai aumentar o valor; Manter as equipes profissionais com atendimento padronizado e atualizadas com as últimas evidências, sabendo que o conhecimento médico está prestes a ser duplicado a cada 73 dias; e lidar com uma enorme variedade de sistemas, fluxos de trabalho, prestação de cuidados e informações que são isoladas ou diferentes.
É impossível atingir os objetivos e vencer os desafios sem o apoio da tecnologia. Mas a verdade é que a tecnologia é um facilitador, mas não necessariamente a resposta. Sem pensamento crítico e informações confiáveis baseadas em evidências não há ganhos reais.