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A importância da mudança na abordagem dos negócios com foco no engajamento e na experiência dos pacientes

Article-A importância da mudança na abordagem dos negócios com foco no engajamento e na experiência dos pacientes

Com as constantes mudanças promovidas no setor de saúde devido, sobretudo, às novas tecnologias, custos crescentes, necessidade de adoção de novas abordagens e transformação da cadeia de valor anteriormente estabelecida, ficou claro que os debates entre os players do mercado precisam ser frequentes e contínuos.

Com as constantes mudanças promovidas no setor de saúde devido, sobretudo, às novas tecnologias, custos crescentes, necessidade de adoção de novas abordagens e transformação da cadeia de valor anteriormente estabelecida, ficou claro que os debates entre os players do mercado precisam ser frequentes e contínuos. Por esse motivo, a Healthcare Business Unit  escolheu o tema “Engajamento e experiência do paciente: uma abordagem de negócio” para conduzir a programação de 2019 da Hospitalar e dos demais eventos que agora fazem parte do seu portfólio – Saúde Business Fórum e Healthcare Innovation Show.

Em entrevista para a equipe da Hospitalar, Vitor Asseituno, diretor de Mercado de Saúde da UBM Brazil, contou mais sobre as motivações para a escolha desse tema,  e falou um pouco sobre o que os expositores e visitantes podem esperar para a feira do ano que vem e revelou algumas estratégias e novidades que a equipe está preparando para a 26ª edição do evento.

Confira a entrevista a seguir:

HOSPITALAR: O que levou a Unidade a escolher esse tema?

VITOR ASSEITUNO: O tema foi escolhido por conta de diferentes questões. A primeira delas é saber que, por serem elas a decidirem pelos serviços de saúde que vão utilizar, as pessoas (“pacientes”) são parte fundamental no processo de cuidado de saúde. Nesse sentido, a experiência do paciente dentro do serviço de saúde é essencial, porque é a partir da percepção criada por ele que o cliente vai de fato escolher o melhor para si, como coparticipante das suas decisões de saúde. Do outro lado, constatamos que, hoje, a maior parte dos custos mais impactantes no sistema de saúde está ligada a doenças desenvolvidas pelo comportamento das pessoas – obesidade, diabetes e as consequências do tabagismo, por exemplo. Isso acontece porque as pessoas não se exercitam, não se cuidam ou não comem direito. Por isso, o engajamento do paciente para mudar seu comportamento e se tornar uma pessoa mais saudável é fundamental.

Além disso, escolhemos trazer o aspecto da abordagem de negócio porque boa parte das organizações que trabalha a experiência do paciente o faz como algo “nice to have”, não por acreditarem de fato que isso representa uma mudança de ponteiro nos seus negócios. Pesquisas americanas e a própria prática das organizações, no entanto, têm mostrado exatamente o contrário. O paciente desengajado custa mais caro e a instituição que não tiver uma boa experiência perderá clientes – e isso impactará diretamente no resultado dessas organizações. Antigamente, uma operadora de saúde não investia em prevenção e promoção de saúde, porque acreditava que não seria ela a colher o benefício de longo prazo. No entanto, foi comprovado que o engajamento dos usuários realmente muda a retenção deles com o plano de saúde e, consequentemente, o negócio da empresa. É importante trazer essa discussão para as instituições, sobretudo em um momento em que o custo de saúde está se tornando insustentável e o mercado de saúde está cada vez mais concentrado.

H: O que os expositores e visitantes da Hospitalar podem esperar do evento no ano que vem?

VA: Nós – pacientes, gestores, médicos e a indústria como um todo – estamos inseridos em uma única cadeia de saúde e dependemos uns dos outros para que ela funcione bem. Como está sendo estruturado um novo desenho de sistema de saúde, muito mais baseado em resultados, experiência, engajamento e tecnologia, cada player precisa saber qual será seu novo papel no sistema. Nesse sentido, trabalhar da maneira como se fazia há 20 anos não funcionará e, acima de tudo, não será aceito. São essas as provocações que traremos para os players da cadeia não somente na Hospitalar 2019, como também em todos os nossos eventos do ano que vem – desde Saúde Business Fórum até o HIS. Queremos discutir quais são, de fato, esses novos papéis, competências e habilidades, e como se preparar para atender a essas demandas.

H: Quais estratégias estão sendo preparadas para promover esses debates?

VA: A Hospitalar tem muitas horas de conteúdo – somente na última edição foram 42 congressos. Então, por meio desses debates, temos a oportunidade de levar muito conhecimento, boas práticas e discussões para o mercado. O conteúdo, como educação de gestores é, para nós, a principal via para ajudar o setor nessa transformação que já está proposta. A organização e a posição dos estandes na feira são desenhadas estrategicamente para refletir a nossa visão do setor e do papel de cada player dentro da cadeia, e essa posição também tende a ser redesenhada ao longo do tempo.

H: Pode comentar algumas novidades preparadas para a 26ª edição da feira?

VA: Nós queremos aumentar o foco para o setor de laboratórios e para tudo que se chama hoje de cuidado de transição, como hospices, hospitais de longa permanência e home care – toda essa cadeia de desospitalização e mudança no modelo de cuidado dos pacientes. Além disso, também queremos potencializar a participação das operadoras, que, hoje, estão preocupadas em gerir saúde e em entender e participar da cadeia como um todo.

Mesmo o evento se chamando Hospitalar, entendemos que o nosso papel é ajudar e englobar todo o sistema de saúde. Os sistemas de pós-alta e cuidados paliativos, por exemplo, são tendências porque fazem parte de um setor que cresce bastante e que precisa de modelos mais eficientes, baratos e adequados para essa necessidade. Por outro lado, também temos nos dedicado ao setor de laboratórios porque, recentemente, o desenvolvimento de novas tecnologias nesse sentido tem acelerado muito, especialmente em inteligência artificial, uso de dados e novas técnicas de biologia molecular. Em geral, de 80% a 90% dos diagnósticos são feitos com bases em exames, e todo tratamento de um paciente vem depois do diagnóstico. Por isso, os laboratórios estão posicionados em um ponto estratégico da cadeia para mudar o setor.

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