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Inteligência Artificial como aliada no tratamento do AVC

Article-Inteligência Artificial como aliada no tratamento do AVC

A Inteligência Artificial (I.A) e suas aplicações têm sido alvo de diversos debates, principalmente no setor da saúde. Durante a última edição da Hospitalar, o professor Renato Cunha, que é coordenador do Curso Saúde 4.0

A Inteligência Artificial (I.A) e suas aplicações têm sido alvo de diversos debates, principalmente no setor da saúde. Durante a última edição da Hospitalar, o professor Renato Cunha, que é coordenador do Curso Saúde 4.0 na Decision da Fundação Getúlio Vargas do Rio Grande do Sul e Country Manager da Brainomix, uma premiada spin-off da Universidade de Oxford, líder em sistemas de Inteligência Artificial para apoio ao tratamento do AVC, debateu sobre a importância dessa tecnologia na área da saúde e deu como exemplo o seu uso em diagnóstico e tratamento das vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) com mais agilidade.

“Uma das grandes aplicações de IA no conceito de saúde 4.0 é torná-la mais acessível para as pessoas. O centro de todo o processo dentro do novo conceito é o paciente e, para isso, o acesso à informação é fundamental. Mas para termos informações, precisamos de dados. Imaginamos um recém-nascido que daqui a poucos anos terá cada batimento cardíaco, cada variação de temperatura e sua pressão sanguínea registradas desde o nascimento. Somente com IA poderemos transformar todos esses dados em informações preditivas e correlacioná-las de forma inédita com a iminência de doença”, comenta Renato.

Ainda sobre as suas vantagens, a AI pode ser uma aliada importante para os pacientes e suas equipes médicas, a partir do momento que consegue ler e interpretar informações de maneira muito mais rápida e organizada. Isso faz com que o diagnóstico final seja muito mais eficiente e preciso, demandando menos gastos com tempo e suprimentos.

“Num AVC isquêmico agudo, por exemplo, quase 2 milhões de neurônios estão morrendo a cada minuto e a análise de imagens pode ser muito desafiadora dentro de um ambiente de stress, pressão e necessidade de respostas rápidas. Estudos mostram que a variabilidade entre avaliadores é alta e muitas vezes colegas podem ter opiniões divergentes sobre a análise de imagem. As ferramentas de apoio à decisão trazem velocidade: elas levam apenas 1 minuto para processar um exame de imagem complexo e entregar informações relevantes de modo visual e intuitivo, em comparação com o dispendioso processo manual”, compara.

O especialista também afirma que essas ferramentas não substituem a capacidade humana, mas a potencializam, auxiliando o médico a ganhar tempo e eficiência focando no que realmente importa: o paciente. No Brasil, já existem instituições públicas e privadas que utilizam os softwares de IA para suporte ao diagnóstico médico no tratamento do AVC agudo. Essa tecnologia é validada e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que atua como uma das principais agências reguladoras do mundo.

Além das instituições privadas, é possível destacar quatro instituições públicas de referência que usam o software como ferramenta de apoio dentro de um estudo clínico do Ministério da Saúde chamado ‘RESILIENT’. Esse estudo visa comprovar a eficácia e o custo-efetividade do tratamento endovascular do AVC no Sistema Único de Saúde (SUS), com um procedimento chamado Trombectomia Mecânica (atualmente, o SUS apenas autoriza/reembolsa o uso do tratamento farmacológico, chamado de trombólise).

“Podemos citar os hospitais Celso Ramos, de Florianópolis (Santa Catarina), Hospital das Clínicas, de Curitiba (Paraná), Hospital Estadual Central de Vitória (Espírito Santo) e Hospital São José do Avaí, de Itaperuna (Rio de Janeiro). Nesses hospitais, um software auxilia tanto no suporte à seleção dos pacientes elegíveis ao tratamento endovascular, quanto no suporte à definição do melhor tratamento para o grupo de controle”, comenta.

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