- Segundo ele, R$ 200 milhões devem ser investidos na compra de dispositivos médicos
No dia mundial da saúde, lembrado na última sexta-feira (7), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) recebeu o secretário da Saúde do estado, Wilson Pollara, que apresentou os novos programas da prefeitura, no evento: "A nova saúde da cidade de São Paulo”, promovido pelo ComSaude (Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde) da Fiesp.
O presidente do ComSaude e também do SINAEMO (Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo), Ruy Baumer, ao lado de Franco Pallamolla, presidente da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos), recebeu Francisco de Assis Figueiredo, secretário de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde e José Medina, presidente da Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo.
Em sua apresentação, Pollara apresentou os planos da secretaria para temas como: a melhoria da atenção primária, que inclui a integração dos sistemas de gestão municipal e estadual; a distribuição por complexidade nos hospitais e centros de atendimento da prefeitura; a finalização de obras; a integração do SAMU e do GRAU, a ampliação do Doutor Saúde, que busca levar atendimentos médicos e exames para todas as regiões da cidade em carretas adaptadas e também apresentou os resultados do programa Corujão da Saúde, que em menos de três meses, atendeu 99,65% dos 485.300 exames em espera no ano passado, praticamente zerando a fila.
Ele afirmou ainda que seu programa de gestão terá foco na assistência básica pela ação do agente comunitário na promoção e prevenção à saúde, classificação de risco e encaminhamento médico.
O Projeto Redenção, programa voltado para os dependentes químicos da cracolândia que a Prefeitura de São Paulo deve pôr em prática a partir de abril também foi abordado.
INDÚSTRIA MÉDICA
Segundo o secretário, ainda que haja uma previsão de 13% de queda na arrecadação da secretaria, sem contar um contingenciamento no setor da saúde de 10%, há uma previsão de R$ 200 milhões em aquisição de dispositivos médicos até o início do próximo ano. “Incluindo no custo, cinco anos de manutenção”, ressalvou.
Pollara também criticou a centralização da compra de insumos: “Cada hospital vai ter seu centro de compras, pois não da para misturar tudo”, disse. O secretário também questionou os prazos da Lei 8666, de licitações. “Qualquer problema que ocorre com o vencedor nos provoca grandes atrasos”.
O superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fraccaro, questionou o secretário a respeito da continuidade dos projetos apresentados em caso de mudanças na gestão. “Por isso apresentamos projetos de Lei para que os bons programas se perpetuem”, finalizou Pollara.
PARCERIA
Em dezembro de 2016, a ABIMO e a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo assinaram um termo de cooperação técnica com o objetivo de unir esforços para que os dispositivos médicos, odontológicos e de laboratórios produzidos no Brasil sejam utilizados em demandas da cidade de São Paulo.